sexta-feira, 13 de junho de 2008

Oriente

Numa das minhas últimas meditações senti-me num país estranho, solarengo. Os edifícios eram baixos e vi manchas de cor que oscilavam entre o azul, violeta e vermelho.
Estava feliz. Incrivelmente feliz.
Ouvi-me a rir às gargalhadas enquanto rodava os moinhos das orações... E só quando ouvi ecoar um "om mani padme hum" é que compreendi onde podia estar.

Estavas comigo, mas nunca te cheguei a ver, por isso não sei quem és.
Sei que partilhavas a minha alegria, era minha e era tua.

Gargalhadas soltas, mantras, cor, sol a iluminar a alma.
Tudo numa sensação de felicidade sem fim.
Obrigada pela tua companhia :D


foto @ wiki

quinta-feira, 12 de junho de 2008

porto de abrigo

E que parvoíce esta de nos protegermos um do outro, de nos magoarmos, de nos defendermos.
Quero-te perto, transparente!
Quero os teus braços em volta do meu corpo...
Quero sentir o conforto que o teu corpo me dá, o conforto da tua voz, o conforto da tua respiração...
Sempre foste o meu porto de abrigo e eu sempre fui o teu...

questões.2

O que fazer quando me dizem para te libertar mas o meu corpo não consegue deixar o teu?

sábado, 7 de junho de 2008

Mentiras

E o que realmente me está a incomodar é eu saber que, daqui a pouco, tu vais-me mentir.

Quero-te longe

Pensei, inocentemente, que a tristeza tinha alcançado o seu expoente máximo.
Pura inocência...se considero que, independentemente daquilo que nos acontece, devemos manter em perspectiva que podia ser muito pior. Há que ter em conta que esse pior pode de facto acontecer.
E aconteceu...

Acho que o termómetro da tristeza atingiu valores tão altos que se partiu...
Apenas sinto um vazio, um sentimento incrédulo, angustiado, zangado, apático, desesperado, ...

Apetece-me falar contigo porque o meu corpo pede-te como uma droga mas não quero ouvir a tua voz, não quero sentir o teu cheiro, não quero ver os teus olhos, nem as tuas mãos, não quero sequer imaginar o teu corpo, a tua face, o teu cabelo...

Não quero nada teu, não quero estar perto de nada que te tenha pertencido, não quero ouvir conversas sobre assuntos que falamos, livros que tenhamos lido, programas televisivos que tenhamos visto...

Quero fingir que nunca te conheci, que nunca me entreguei a ti, que nunca partilhei contigo segredos escondidos no meu âmago, fingir que nunca ouvi a tua voz a embalar-me nas noites frias, fingir que nunca disseste que era eu a responsável pelos teus momentos mais felizes.

Quero sim fingir que não existes, que foste só um sonho que terminou num pesadelo e que eu acordei com um sentimento de vazio que se vai desvanecendo ao longo do dia...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Sonhos

De olhos nos olhos, a brilharem como estrelas e com uma intensidade extrema, disseste-me que eras um eremita.
E eu concordei...

Again and again

Apareceste novamente, de forma algo insistente...
Já não há espaço para ti em mim, pelo menos assim pensava, até te levar comigo para o mundo dos sonhos.

If I was a book I know you'd read me every night

Katie Melua - 'If You Were A Sailboat'